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Suspeitas sobre fiscais da Fazenda de SP se repetem e conectam diferentes investigações

Operação Ícaro revela esquema de corrupção na Secretaria da Fazenda de São Paulo, envolvendo auditores fiscais e executivos de grandes empresas. A investigação aponta movimentação de R$ 1 bilhão em propinas e ligas a casos anteriores de irregularidades fiscais.

Operação Ícaro prendeu, em 12 de setembro, o dono da Ultrafarma e um executivo da Fast Shop, no contexto de investigações sobre irregularidades de auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Os auditores Marcelo de Almeida Gouveia e Artur Gomes da Silva Neto foram presos sob suspeita de envolvimento em um esquema que movimentou mais de R$ 1 bilhão em propinas. Gouveia já havia sido alvo de um inquérito em 2019 sobre lavagem de dinheiro, que foi arquivado.

A investigação aponta que Gouveia auxiliou Artur em solicitações de créditos de ICMS para a Fast Shop, enquanto Artur é considerado o principal operador do esquema.

Os dois auditores e os empresários Sidney Oliveira (Ultrafarma) e Mario Otávio Gomes (Fast Shop) foram detidos. As investigações também mencionam a relação com o grupo Nós e a Kalunga, que não foram alvos diretos da operação.

A Secretaria da Fazenda afirmou que está colaborando com as investigações. Desde 2015, operações têm revelado suspeitas de corrupção entre fiscais, como a operação Zinabre, que envolveu propinas e resultou em condenações.

Marcelo Gouveia foi investigado anteriormente com o ex-corregedor-geral Marcus Vinícius Vannucchi, que foi absolvido em processos criminais, mas segue sob investigação por improbidade administrativa.

A Polícia Federal também investiga vazamentos de informações fiscais e irregularidades relacionadas a combustível adulterado. A Secretaria reforçou seu compromisso com a ética e o combate a irregularidades, mencionando penalidades aplicadas a servidores.

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