Taça da perversão
Brasil se destaca como o país com a maior desigualdade social e econômica do mundo, apesar do crescimento do número de milionários. O aumento da taxa de juros pelo Banco Central acentua a disparidade, enquanto o Fundo Partidário cresce mesmo em tempos de austeridade.
Brasil é destaque negativo mundial em desigualdade
Desde quarta-feira (18.jun.2025), o Brasil se tornou o país com a maior desigualdade econômica e social do mundo.
No contexto regional, o país lidera a América Latina com 433 mil milionários, aqueles que possuem mais de US$ 1 milhão.
Entre as causas dessa desigualdade, os juros elevados se destacam. Na mesma data, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros para 15%, o maior nível desde 2006, sem justificativa clara para o acréscimo de 0,25%.
Enquanto isso, o Fundo Partidário foi aumentado em mais de R$ 168 milhões, totalizando R$ 1,368 bilhão em recursos públicos para partidos. O PL recebeu cerca de R$ 195 milhões, seguido pelo PT com R$ 153 milhões.
Os líderes do Congresso, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, têm ignorado propostas de cortes de gastos, enquanto aumentam os recursos do Fundo Partidário. Isso ocorre em um cenário de pressão por cortes em gastos sociais e resistência ao aumento de impostos sobre transações financeiras.
A situação revela uma contradição entre a necessidade de equilíbrio fiscal e a perpetuação de desigualdades, com o Brasil figurando como um dos países menos igualitários, conforme o Relatório Global de Riqueza 2025.