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Taiwan desliga último reator nuclear enquanto discute reativação

O fechamento do último reator nuclear gera preocupações sobre a segurança energética de Taiwan em um cenário de tensões com a China. Autoridades consideram a possibilidade de reativar reatores desativados para garantir uma matriz energética sustentável e estável.

Taiwan iniciou o desligamento de seu último reator nuclear neste sábado (17), após 40 anos de licença de operação, o que pode impactar sua segurança energética e metas climáticas.

O reator final da usina de Maanshan, que representava 3% da geração total de energia da ilha, foi desconectado por volta das 22h e desligado com segurança à meia-noite (13h no horário de Brasília), conforme comunicado da Taiwan Power.

O fechamento ocorre em meio a intensos debates sobre a possibilidade de estender a vida útil das instalações nucleares na matriz energética. Na terça-feira (13), legisladores revisaram um projeto de lei que pode permitir a reativação de reatores desativados.

A segurança energética é crítica, especialmente devido à presença de grandes fabricantes de chips, como a TSMC, e às tensões com a China, que considera Taiwan parte de seu território.

A lei alterada possibilita que usinas nucleares extendam licenças por até 20 anos cada vez. Essa mudança sugere uma possível reversão em relação ao interesse crescente por energia atômica, que é de baixo carbono e ininterrupta.

Apesar disso, o retorno da usina de Maanshan pode demorar dois a quatro anos, mesmo com as verificações de segurança.

Taiwan deve continuar dependendo de gás natural liquefeito (GNL) importado para suas necessidades energéticas, especialmente nos setores de IA e semicondutores.

Para manter um fornecimento estável, a Taipower planeja adicionar quase 5 GW de capacidade de geração a gás à rede este ano, equivalente a cinco reatores nucleares, além de outros 3,5 GW em energia eólica e fotovoltaica.

Os custos de operação das usinas de GNL são cerca de o dobro da energia nuclear. A situação financeira da Taipower pode levar o governo a aumentar os preços da eletricidade no futuro.

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