‘Tão perto, tão longe’: bolsas em LatAm ampliam ganhos, mas acesso ainda é restrito

Desafios da Participação Latino-Americana no Mercado Acionário

A participação de latino-americanos no mercado acionário é baixa, devido a fatores como barreiras de educação financeira e falta de acesso a tecnologia e produtos financeiros adequados.

Somente entre 1% e 2% da população investe em ações, com variações de 1% na Colômbia a 8% no Brasil. A percepção de que é necessário muito dinheiro para investir e a falta de conhecimento geram insegurança entre os potenciais investidores.

Diego Mora, da BlackRock, ressalta que a educação financeira é essencial para promover uma cultura de investimento consciente. Além disso, a falta de confiança nas instituições financeiras e a pressão por atender necessidades imediatas limitam ainda mais a adesão ao investimento a longo prazo.

Um relatório da Credicorp mostrou que 28% da população adulta latino-americana alcançou um nível avançado de inclusão financeira em 2024, com aumento de 38,2 para 47,6 pontos em comparação a anos anteriores.

As lacunas afetam especialmente mulheres, idosos, moradores de áreas rurais e pessoas com baixa escolaridade. Indivíduos de alto patrimônio líquido investem entre 30% e 50% de sua riqueza em ações, enquanto os de menor renda, muitas vezes, não investem.

A Nuam, holding regional, pode aumentar a participação na bolsa, caso ofereça produtos adequados ao pequeno investidor. Incentivos fiscais, como os disponíveis na Colômbia, são essenciais para avançar.

A BlackRock defende a educação financeira e a oferta de produtos acessíveis, como ETFs, para facilitar o investimento. O uso de tecnologia e plataformas digitais é vital para derrubar barreiras e aumentar o acesso ao mercado financeiro.