Tarcísio muda o tom, diz que tarifa de Trump é ‘complicada’ para o Brasil e defende união de esforços
Governador de São Paulo destaca a necessidade de colaboração entre esferas de governo frente à nova tarifa dos EUA, que pode impactar indústrias locais. Tarcísio busca conciliar interesses políticos e econômicos, enfatizando os riscos para setores como aeronáutica e agronegócio.
Governador de SP, Tarcísio de Freitas, declarou que a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros é “complicada” para o Brasil.
Tarcísio defende uma ação coordenada entre entes federais e estaduais para minimizar os efeitos econômicos.
Durante evento em Cerquilho (SP), o governador destacou a importância da atuação diplomática do governo federal. Ele mencionou que São Paulo está *(contribuindo como interlocutor técnico)*, oferecendo dados sobre os impactos.
Os setores mais afetados incluem a indústria aeronáutica e o agronegócio. Tarcísio alertou que a Embraer pode perder até 90 encomendas de aeronaves devido ao tarifaço, que pode adicionar US$ 9 milhões ao custo de cada avião.
No agronegócio, ele citou produtos como suco de laranja, açúcar e etanol, afirmando que a tarifa também encarece a produção local, prejudicando o consumidor americano.
Tarcísio não endossou a proposta de aliados de Jair Bolsonaro que condicionam o fim do tarifaço a uma anistia geral. Para ele, a prioridade são os interesses de São Paulo, focando em empregos.
Sua tentativa de mediação enfrenta resistência no STF e entre os bolsonaristas, que acusam o governador de “voar solo” e buscar protagonismo.
O ex-presidente Bolsonaro evita comentar os efeitos da medida, enfatizando a necessidade de anistia para seus apoiadores. O governo Lula responsabiliza a oposição e pressões de Trump pelos impactos econômicos.