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Tarifa de 50% para o Brasil não tira viés otimista para ativos brasileiros como o real, mas traz volatilidade

A imposição de tarifas de 50% por Trump gera incertezas no mercado brasileiro, mas analistas mantêm otimismo com a recuperação do real. Expectativas de uma solução diplomática podem atenuar os impactos na economia e nas taxas de juros.

Donald Trump anuncia tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que pegou o mercado doméstico desprevenido, em meio a um momento de otimismo com os ativos brasileiros. Apesar da turbulência inicial, alguns bancos estrangeiros ainda acreditam na recuperação dos ativos locais.

O estrategista sênior do Société Générale, Bertrand Delgado, prevê que os ativos devem se recuperar e apela para o foco em negociações comerciais construtivas com o governo americano.

O Crédit Agricole estima uma perda de 0,2 a 0,4 ponto do PIB, mas acredita em uma solução diplomática antes do prazo das tarifas. O Barclays mantém uma postura construtiva em relação a ativos de risco, enquanto o HSBC observa que a valorização do real segue, apesar dos riscos de curto prazo.

O Citi mantém recomendação de compra para o real, com preocupação sobre o efeito das tarifas no crescimento. O strategista macro da XP, Victor Scalet, acredita que a imposição das tarifas pode ter um impacto desinflacionário maior do que o esperado.

Os analistas concordam que, a menos que ocorram mudanças significativas na postura dos investidores estrangeiros ou nas dinâmicas políticas futuras, o mercado deve encontrar uma correção e continuar precificando juros baixos.

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