Tarifa de 50% sobre o Brasil é a maior do mundo imposta pelos EUA; veja lista
Tarifas comerciais elevadas impõem desafios significativos ao Brasil, que se destaca como o país mais afetado pelas novas medidas dos EUA. A resposta do governo brasileiro ressalta a busca por soberania e proteção econômica diante da pressão externa.
Brasil é o país mais afetado pela nova rodada de tarifas comerciais dos EUA, anunciadas por Donald Trump. A partir de 1º de agosto, produtos brasileiros enfrentarão uma alíquota de 50%, a mais alta entre os 22 países impactados.
Trump justificou a medida como resposta a uma “relação comercial muito injusta” e retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de orquestrar golpe. Em carta ao presidente Lula, classificou o processo judicial como “vergonha internacional” e criticou a censura a empresas americanas.
Apesar das alegações, os EUA registraram superávit de US$ 7,4 bilhões na balança de bens com o Brasil em 2024, segundo dados oficiais.
A nova política tarifária, que pode afetar 22 países, estabelece taxas de importação de 20% a 50%. Espera-se novas sanções nos próximos dias.
Lula respondeu que “o Brasil é um país soberano” e que qualquer aumento unilateral será “respondido à luz da lei brasileira de reciprocidade econômica”. O STF também se posicionou, afirmando que a pressão americana não impedirá o julgamento de Bolsonaro, previsto para o fim de agosto.
O anúncio fez os ativos brasileiros caírem: o Ibovespa futuro fechou em queda de 2,44% e o dólar futuro subiu 2,30%. O ETF iShares MSCI Brazil caiu 1,81% em Nova York, com analistas prevendo aversão ao risco.