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Tarifa de 50% tem a ver com China, dólar e Bolsonaro, e não com comércio

Trump aplica tarifas de 50% ao Brasil em resposta à aproximação do país com a China. A medida reflete uma estratégia geopolítica e ideológica mais ampla, além de questões comerciais.

Especulações sobre a guerra tarifária de Trump indicam várias razões por trás das tarifas contra outros países, incluindo melhora do déficit em transações correntes, reindustrialização dos EUA, e disputas com a China.

Segundo o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, as tarifas não são apenas uma ferramenta comercial, mas uma forma de conquistar vantagens em diversas áreas. Ele enfatizou que o objetivo é "nivelar o campo de jogo" no comércio internacional.

A sobretaxa de 50% em produtos brasileiros reflete preocupações de Trump que vão além do comércio, como a aproximação do Brasil com a China. O presidente justifica a tarifa em relação a alegadas injustiças comerciais, mas números mostram que as tarifas brasileiras e americanas são quase equivalentes.

A imposição da tarifa coincide com críticas de Lula à administração Trump e à ideia de usar moedas alternativas em transações, um ponto sensível para os EUA. Na entrevista à Fox News, Trump expressou preocupação com a perda de influência na América do Sul para a China.

O aumento das tarifas está ligado ao apoio geopolítico da administração Lula à China e à defesa de um possível retorno de Jair Bolsonaro. Assim, a mensagem de Trump é clara: distanciar o Brasil da influência chinesa e apoiar seus aliados.

Em resumo: as tarifas de 50% não são apenas sobre comércio, mas envolvem complexas relações geopolíticas e ideológicas, reafirmando a Doutrina Monroe na atualidade.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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