Tarifa de Trump pôs areia na negociação entre EUA e Brasil sobre terras raras
A aliança entre Brasil e Estados Unidos para explorar reservas de terras raras enfrenta obstáculos devido a tensões comerciais e políticas. O país sul-americano busca agora parcerias com outras nações para desenvolver sua capacidade de extração e processamento desse recurso estratégico.
Brasil possui vastas reservas de terras raras, essenciais para diversos setores, incluindo tecnologia e defesa.
As terras raras no Brasil são cobiçadas mundialmente, e apenas o Brasil e os EUA discutiram por anos como a ajuda americana poderia auxiliar na exploração dessas reservas, as segundas maiores do mundo.
No entanto, a crise diplomática recente entre os dois países ameaça essa colaboração. A situação se deteriorou após o presidente Trump impor tarifas de 50% ao Brasil, visando apoiar Jair Bolsonaro, em meio a acusações de golpe.
O presidente Lula da Silva reagiu, afirmando: "Este país pertence ao povo brasileiro." Enquanto isso, o Brasil busca apoio de outros países e não vai permitir intervenção estrangeira em suas reservas.
A China, controlando cerca de 90% do fornecimento global de terras raras, tem gerado preocupações no Ocidente. O Brasil, com 19% a 23% das reservas mundiais, surgiu como um importante competidor.
Atualmente, apenas uma mina brasileira produz pequenas quantidades de minerais, o que é enviado à China para processamento. O Brasil almeja estabelecer uma cadeia de suprimentos doméstica robusta.
A assistência americana foi um pilar das discussões anteriores, com investimentos de US$ 150 milhões em Serra Verde. Contudo, após as tarifas, o clima de negociação esfriou. O Brasil está agora focado em desenvolver suas capacidades de processamento independentemente.
A incerteza sobre o futuro das parcerias entre Brasil e EUA está aumentando, pois Lula reafirmou sua disposição para negociar, mas com soberania. O Brasil continua a avançar sem os EUA, buscando apoiar-se em colaborações globais.
Resumo: O Brasil possui vastas reservas de terras raras que podem ser vitais para reduzir a dependência da China. No entanto, as tensões comerciais com os EUA e as tarifas impostas por Trump dificultam a exploração e a cooperação futura.