Tarifa dos EUA acaba com dúvida de que comércio internacional é jogo político, diz Duquesa de Tax
Tarifa de 50% imposta por Trump gera debate sobre as motivações políticas por trás da medida. A colunista Maria Carolina Gontijo analisa os possíveis desdobramentos e o impacto no comércio Brasil-EUA.
Donald Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, datada de 9 de agosto. Essa decisão marca o Brasil como o novo protagonista da novela tarifária.
A colunista do Estadão, Maria Carolina Gontijo, conhecida como Duquesa de Tax, interpreta a medida como uma jogada política, não econômica. Em seu comentário, o foco inicial da carta é o ex-presidente Jair Bolsonaro, estabelecendo que “o foco não é econômico”.
Gontijo destaca que o terceiro parágrafo é o único que menciona aspectos comerciais e argumenta que a balança comercial entre Brasil e EUA é benéfica aos americanos. Ela afirma que:
- O Brasil exporta commodities, sem ameaçar a indústria americana.
- A tarifa é simbólica e de natureza política.
A Duquesa menciona que essa medida pode, na verdade, favorecer o governo brasileiro, apresentando-o como vítima e o bolsonarismo como sabotador da economia.
Trump conclui sua carta disposto a negociar, sugerindo que a indústria brasileira se transfira para os EUA. Gontijo questiona como um produtor de café poderia fazer isso.
Enquanto a tarifa não entra em vigor, a colunista prevê que a pauta tributária que poderia ser prejudicial para o governo se desvia de foco.
Saiba mais sobre os comentários da Duquesa de Tax, que vai ao ar todas as quintas-feiras às 9h30, e seu programa “Não vou passar raiva sozinha”, disponível no Spotify e Apple Podcasts.