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Tarifa ou sanção? Entenda por que mistura de política com economia de Trump surpreendeu tanto os diplomatas

A ameaça de sanções unilaterais dos EUA levanta preocupações sobre a interferência na soberania do Brasil. Especialistas analisam as possíveis repercussões econômicas e diplomáticas dessa ação inédita.

Ofensiva comercial do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil gera debate: o Brasil pode ser alvo de sanções?

Fontes do governo afirmam que uma ação de Trump pode ser vista como “sanção punitiva”, algo inédito. A possível sanção visa impor uma visão de mundo e limitar a independência do Brasil.

As sanções são medidas coercitivas que visam influenciar comportamentos inaceitáveis sem uso de força militar. Neste caso, seria uma sanção unilateral dos EUA.

'Tiro no pé'

O alvo da sanção é a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Trump quer influenciar o Judiciário brasileiro em favor de Jair Bolsonaro e big techs, usando o termo “trade arrestment”.

O embaixador José Alfredo Graça Lima considera que é uma sanção política: “não temos razões econômicas” para a taxa de 50%. Ele acrescenta que a situação é inédita e será um tiro no pé para os EUA. A reação do Brasil deve ser “filosófica na forma, e pragmática no conteúdo”.

'Não é olho por olho e dente por dente'

O embaixador Rubens Ricupero afirma que o Brasil deve analisar com calma a situação. Não é apropriado replicar a ação de Trump. O Brasil deve atacar em pontos sensíveis, como serviços e propriedade intelectual.

Ricupero observa que a proposta de Trump não são sanções, pois não se justifica o erro. A mistura de política interna ligada a Bolsonaro com questões comerciais é problemática: “isso é um ‘no starter’”, conclui.

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