Tarifa sobre todos os pacotes importados é “permanente”, dizem EUA
Governo dos EUA implementa novas tarifas sobre pacotes importados, reduzindo isenções que beneficiavam pequenas remessas. A mudança, considerada permanente, afetará diretamente o envio de correspondências internacionais e a arrecadação tarifária.
Governo Trump encerra isenção tarifária para pacotes importados aos EUA com valor inferior a US$ 800. A partir de agora, a CBP (Agência de Proteção de Alfândega e Fronteira) cobrará tarifas normais sobre todas as importações de encomendas internacionais.
A mudança é permanente, conforme declarou um alto funcionário da administração. Qualquer proposta para restaurar isenções para países parceiros está “morta na chegada”.
Estabelece um período de transição de 6 meses para transportadoras do serviço postal, que podem optar por pagar uma taxa fixa por pacote, variando de US$ 80 a US$ 200, dependendo do país de origem. Alguns serviços postais estrangeiros já suspenderam envios para os EUA.
- US$ 80: países com tarifas abaixo de 16% (Grã-Bretanha, União Europeia)
- US$ 160: países com tarifas de 16% a 25% (Indonésia, Vietnã)
- US$ 200: países com tarifas acima de 25% (China, Brasil, Índia, Canadá)
Até 28 de fevereiro de 2026, os serviços postais devem mudar para tarifas “ad valorem” completas com base no valor das remessas. Transportadoras como FedEx, UPS e DHL aplicarão tarifas completas a todos os pacotes.
A medida amplia o cancelamento da isenção de “minimis”, que já havia sido implementada para remessas da China e Hong Kong. Essa isenção permite que pequenas encomendas sejam recebidas sem taxas de importação.
Dados da CBP mostram que pacotes com isenção aumentaram de 139 milhões em 2015 para 1,36 bilhão em 2024. Segundo Peter Navarro, conselheiro de comércio da Casa Branca, o fim da brecha “salvará vidas” e trará US$ 10 bilhões anuais em receitas tarifárias.
A CBP arrecadou mais de US$ 492 milhões em tarifas adicionais sobre pacotes da China e Hong Kong desde o fim das isenções em 2 de maio.