Tarifa social de energia elétrica passa a valer neste sábado: entenda como vai funcionar
Nova medida visa beneficiar milhões de brasileiros com a isenção na conta de luz, aumentando o acesso à energia elétrica. O governo estima que cerca de 60 milhões de pessoas serão contempladas, impactando significativamente as famílias de baixa renda.
Lula assina MP ampliando isenção em contas de luz
A nova tarifa social de energia elétrica entra em vigor neste sábado (5), beneficiando famílias do Cadastro Único (CadÚnico) com consumo mensal de até 80 kWh.
A MP foi publicada em maio no Diário Oficial da União. Câmara e Senado têm 120 dias para aprovar o texto, sob risco de perder validade.
Aproximadamente 55 milhões de brasileiros terão desconto e 60 milhões terão isenção na conta de luz.
Quem tem direito à tarifa social:
- Famílias do CadÚnico com renda mensal até meio salário mínimo per capita;
- Pessoas com deficiência ou idosos (65+) no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico;
- Famílias atendidas em sistemas isolados com módulos de geração offgrid.
Funcionamento atual: Apenas indígenas e quilombolas têm gratuidade. Famílias de baixa renda no CadÚnico recebem desconto de até 65%.
Impacto da medida: Espera-se que 17 milhões de famílias sejam beneficiadas, impactando cerca de 60 milhões de pessoas. O custo da isenção é de R$ 3,6 bilhões por ano.
Diferença entre isenção e desconto:
- Isenção integral: gratuidade para consumo de até 80 kWh;
- Desconto: até 120 kWh para famílias com renda entre meio e um salário mínimo.
Abertura do mercado de baixa tensão: Com a MP, consumidores de energia elétrica poderão escolher seu fornecedor a partir de 2026, atendendo primeiro indústrias e grandes comércios.
Propostas para equilibrar o setor:
- Inclusão de consumidores livres na base de produção de energia;
- Alocação justa dos encargos da CDE;
- Limitar a autoprodução e descontos de uso da rede.