Tarifaço: Apoio a empresas acerta no curto prazo, mas exige velocidade em repasses
Governo revela plano com linhas de crédito e prorrogação de impostos para mitigar impactos do tarifaço dos EUA, mas economistas alertam para a necessidade de celeridade e negociações contínuas. Medidas emergenciais visam preservar empregos e apoiar setor produtivo, mas devem ser cuidadosas para não se tornarem permanentes.
Governo anuncia plano de apoio aos setores afetados pelo tarifaço dos EUA, com medidas de curto prazo para empresas impactadas.
Economistas destacam a importância de agilidade no repasse dos recursos e a necessidade de evitar a permanência de ações emergenciais.
O plano não isenta o governo de negociar com os EUA para reduzir a alíquota de 50% para setores não beneficiados.
Jorge Ferreira, especialista, enfatiza que o foco no curto prazo oferece liquidez às empresas afetadas. As principais medidas incluem:
- Criação de linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas que mantiverem empregos.
- Prorrogação de um ano do regime de drawback, que suspende impostos de importação.
Ferreira alerta que o procedimento burocrático do drawback pode ser oneroso.
Jackson Campos considera as medidas um bom alívio, que combinam apoio ao setor produtivo, preservação de empregos e abertura de mercados. O sucesso do plano depende da celeridade na liberação dos créditos.
Ainda que avaliados positivamente, os economistas enfatizam a manutenção do diálogo com os EUA como essencial. Ferreira observa que, se o apoio se estender, poderá impactar as contas públicas.
Durante a cerimônia, o presidente Lula anunciou a Medida Provisória e reforçou a busca por novos mercados, afirmando: “Se os Estados Unidos não querem comprar, nós vamos procurar outro país.”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as sanções dos EUA, considerando-as “inusitadas” e afirmou que o Brasil é alvo de uma retaliação injustificável.