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Tarifaço: Brasil deve ser menos afetado que outros países, diz Galípolo

Gabriel Galípolo destaca que a diversificação da economia brasileira oferece proteção frente às tarifas dos EUA. Apesar das dificuldades, ele afirma que o Brasil pode se beneficiar de uma menor correlação com o mercado americano.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Brasil tende a se “machucar” menos comercialmente em comparação a outros países devido às tarifas do governo dos EUA.

A declaração foi feita durante palestra na reunião do Conselho Político e Social (COPS) da Associação Comercial de São Paulo na capital paulista.

Galípolo destacou que a economia brasileira, mais diversificada e menos dependente da americana, está em uma posição vantajosa.

Segundo ele:

  • Enquanto a economia dos EUA crescia, o México era considerado o principal beneficiário.
  • O Brasil, menos correlacionado, é visto agora como uma proteção frente às tarifas.

O presidente do BC também notou que investidores estão diversificando suas carteiras, incluindo ativos que protegem contra a desvalorização do dólar.

Em relação às tarifas, o mercado revelou tendências que são consideradas menos duradouras, como:

  • Aumento da oferta de produtos domésticos, que pode reduzir preços, mas tende a ser temporário.
  • Uma possível transmissão do câmbio para a inflação: a desvalorização do real poderia impactar a inflação, porém de forma passageira.

Galípolo também mencionou um desafio adicional: embora haja melhora nas expectativas de inflação no curto prazo, permanecem desalinhadas no médio e longo prazo.

Ele questionou como normalizar os canais de transmissão da política monetária, mantendo o dinamismo econômico com taxas de juros mais baixas.

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