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Tarifaço: Brics vai condenar medidas restritivas ao comércio global

Cúpula do Brics busca articular uma resposta conjunta às tensões comerciais globais e aumentar transações em moedas locais. Líderes do bloco manifestam preocupações com o protecionismo e a necessidade de financiar o desenvolvimento sustentável dos países emergentes.

Cúpula do Brics no Rio de Janeiro inicia neste domingo e aborda restrições comerciais que ameaçam o comércio global.

A declaração final, a que O GLOBO teve acesso, critica o “aumento indiscriminado de tarifas e medidas não tarifárias”, sem citar diretamente o presidente americano Donald Trump.

O documento alerta que, além de desorganizar cadeias de suprimentos, as ações restritivas ao comércio podem:

  • Reduzir o comércio global
  • Criar incertezas nas atividades econômicas

Os líderes do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Arábia Saudita) manifestam preocupações com as medidas unilaterais de tarifas, que distorcem o comércio e são incompatíveis com as regras da OMC.

A declaração surge com o encerramento da trégua de 90 dias do governo americano para acordos bilaterais, cujo prazo se encerra em 9 de agosto. A taxação deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

Até o momento, os EUA alcançaram acordos com o Reino Unido e o Vietnã, além de uma trégua com a China.

Outro tema em destaque na cúpula é a busca por novos mecanismos de financiamento para o desenvolvimento sustentável dos países emergentes, com foco na transação em moedas locais para facilitar o comércio e reduzir a volatilidade cambial.

Na reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), a presidente Dilma Rousseff enfatizou:

  • Aumentar transações em moedas locais
  • Explorar swaps bilaterais

O presidente Lula também defendeu a discussão de uma nova moeda de comércio, embora reconheça que a criação de uma moeda do Brics é um projeto a longo prazo.

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