'Tarifaço' de Trump ameaça renascimento do 'Cinturão da Ferrugem' americano

A política tarifária do presidente Donald Trump está impactando negativamente a revitalização do setor manufatureiro nos EUA, especialmente no Cinturão da Ferrugem.

No Illinois, uma fábrica de compressores adiou a compra de equipamentos essenciais, enquanto em Wisconsin, outra empresa também postergou projetos devido à incerteza nos custos e na demanda, segundo a “Bloomberg”.

Esses casos destacam o perigo de que a guerra comercial comprometa o progresso dos fabricantes locais. Em setembro, o relatório de empregos indicou uma redução de 8 mil postos de trabalho, a maior queda do ano, de acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA.

A volatilidade nas cadeias de suprimento, devido às tarifas sobre componentes e maquinários e retaliações externas, eleva custos e mina investimentos.

A região do Cinturão da Ferrugem, tradicionalmente formada por Estados como Nova York, Pensilvânia, Ohio e Illinois, está vendo um certo otimismo, impulsionado por choques nas cadeias de suprimento e subsídios do governo para energia limpa e veículos.

A Casa Branca busca comprovar que a política de Trump está funcionando. O presidente, por exemplo, visitou Pittsburgh para promover um acordo entre a United States Steel Corp. e a Nippon Steel Corp., aumentando tarifas de importação sobre aço e alumínio de 25% para 50%.

No entanto, o crescimento dos gastos com construção industrial nos EUA está estagnado, em contraste com o boom durante o governo de Joe Biden.

Ainda há incertezas sobre a estratégia de Trump e os fabricantes locais estão demonstrando preocupação com sua política tarifária, segundo depoimentos da “Bloomberg”.