Tarifaço de Trump atinge exportação do biquíni brasileiro com taxação de 74,9%
A alta da taxa sobre biquínis brasileiros nos EUA pode prejudicar as exportações do setor e afetar pequenos e médios fabricantes. Especialistas temem que o tarifaço inviabilize as vendas, impactando gravemente a produção nacional.
Tarifas Elevadas Impactam Exportações de Moda Praia Brasileira
As exportações brasileiras de biquínis para os Estados Unidos enfrentam sérias dificuldades devido ao tarifaço imposto pelo governo americano. O país é responsável por 40% das vendas brasileiras de moda praia.
No ano passado, as exportações de biquínis e maiôs totalizaram US$ 4 milhões, representando 18% do segmento de vestuário, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
A taxação sobre esses produtos já era alta, começando em 24,9% e aumentando para 74,9% após o último ajuste a partir de 6 de agosto. Segundo Fernando Pimentel, diretor da Abit, “o impacto é grave, quase inviabiliza as exportações”.
A China é o principal fornecedor de moda praia para os EUA, com vendas de US$ 28 bilhões. O Brasil compete mais diretamente com o México, que exportou US$ 5,9 bilhões para o mercado americano.
Pequenas e médias confecções, como a Galileia Indústria, estão sendo severamente atingidas. Com 80% de suas exportações destinadas aos EUA, a empresa, que produz biquínis sustentáveis, já suspendeu novos embarques após 6 de agosto.
A marca Adriana Degreas também sente os efeitos. Embora 80% de sua produção atenda o mercado interno, 30% das suas vendas externas vai para os EUA. A empresa busca alternativas para mitigar a sobretaxação.
Pimentel afirma que a Abit está trabalhando para reverter a situação, mas a preocupação com o futuro do setor permanece alta.