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Tarifaço de Trump derruba exportações, e empresas brasileiras recorrem a férias coletivas

Setores afetados pelo tarifaço nos EUA enfrentam dificuldades e adotam férias coletivas. Indústrias clamam por apoio do governo para evitar demissões e garantir a sustentabilidade dos negócios.

Indústrias madeireira, calçadista e de armamentos enfrentam dificuldades devido ao tarifaço dos Estados Unidos e adotaram férias coletivas para conter custos.

As empresas acumulam estoques altos e, sem vendas para os EUA, estão remanejando suas operações. A Abimci relata que contratos com o mercado norte-americano foram congelados.

Exemplo da situação, a Millpar encerrou atividades em uma unidade para concentrar a produção em outra, buscando preservar empregos, segundo seu presidente, Ettore Giacomet Basile.

O superintendente da Abimci, Paulo Pupo, indica que as demissões são ainda pontuais e muitas empresas mantêm férias coletivas, mas a situação é crítica.

O setor de calçados também adotou férias, e a Polimetal colocou 66% de seus funcionários em férias coletivas para minimizar impactos da taxação.

As férias coletivas são a primeira ação para resolver custos elevados. A próxima etapa, caso a situação não melhore, pode ser demissão de funcionários, que teria custos altos.

Alternativas como banco de horas, antecipação de feriados e programas de demissão voluntária (PDV) estão sendo consideradas.

Os setores pedem apoio do governo, assim como durante a pandemia, para evitar demissões em massa. A medida provisória do governo federal oferece R$ 30 bilhões em crédito, mas exige compromisso de manter empregados.

A Abicalçados sugeriu ao governo medidas como redução temporária de jornada e salário, além de suspensão de contratos de trabalho por até 90 dias.

Haroldo Ferreira, presidente da Abicalçados, afirma que estão trabalhando em medidas para mitigar os efeitos do tarifaço.

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