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'Tarifaço' de Trump: especialistas veem 'certa vantagem' do Brasil e defendem negociação em vez de retaliação

Especialistas comentam que as tarifas de 10% impostas pelo governo dos EUA ao Brasil são menos severas do que as esperadas, destacando a importância de manter o diálogo. O Brasil avalia possíveis retaliações apenas se as negociações diplomáticas não forem bem-sucedidas.

Expertos em relações internacionais afirmaram que o Brasil obteve "certa vantagem" no "tarifaço" anunciado por Donald Trump, com tarifas de apenas 10% para produtos brasileiros.

Na quarta (2), Trump impôs tarifas a diversos países, sendo a do Brasil menor que os 20% da União Europeia e 34% da China.

A reação do governo brasileiro foi de lamento, mencionando a lucratividade dos EUA na relação comercial e a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio.

Segundo Hussein Kalout, o fato de os EUA terem uma relação comercial superavitária com o Brasil e as potenciais consequências de tarifas mais altas justificam a taxa de 10%.

Ele destacou a necessidade de priorizar diálogos diplomáticos antes de considerar retaliações, afirmando que "a retaliação passa a ser uma opção a ser considerada" apenas se todas as negociações falharem.

O professor Pio Penna Filho considerou o resultado "menos pior" do que se esperava, enfatizando que "todo mundo saiu perdendo" e que ainda há espaço para novas negociações.

A reação do governo brasileiro enfatizou que o tarifaço viola compromissos da OMC e pode prejudicar o comércio bilateral. O Brasil buscará defender seus interesses junto aos EUA e se manterá aberto ao diálogo.

Nos últimos dias, várias autoridades brasileiras, incluindo os ministros do Desenvolvimento e do Itamaraty, se reuniram com representantes americanos na busca de alternativas para mitigar o impacto das novas tarifas.

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