Tarifaço de Trump: governo Lula aposta em pressão de empresários dos EUA para rever taxas e evita dar prazo para resposta
Brasil busca negociar redução de tarifas de aço e alumínio com EUA, enquanto avalia possíveis retaliações. O governo brasileiro acredita que a pressão do setor privado norte-americano pode influenciar a Casa Branca a recuar.
Trump ameaça impor mais tarifas após retaliação da União Europeia e Canadá.
O governo brasileiro acredita que a pressão de empresários americanos será crucial para fazer a Casa Branca recuar nas tarifas de importação de aço e alumínio.
Auxiliares do presidente Lula não estabelecem um prazo para as negociações e não descartam medidas de retaliação. A tarifa de 25%, imposta por Trump, entrou em vigor na quarta-feira (12) e afeta diretamente o Brasil.
Uma conversa entre técnicos dos EUA e Brasil está agendada para sexta-feira (14), com o objetivo de persuadir os americanos de que a tarifa é prejudicial também para a economia deles.
O governo brasileiro também interage com empresários locais para avaliar o impacto da taxação e considerar se retaliações poderiam agravar a situação nacional.
Alternativas:
- A prioridade do Brasil é negociar a revisão das taxas ou estabelecer cotas.
- Se as negociações falharem, o Brasil considera taxar produtos específicos dos EUA como resposta.
Em janeiro, Lula afirmou que haveria reciprocidade se houvesse tarifas, mas foi convencido a aguardar. Ele enfatizou a importância de diálogo entre países.
Um projeto no Senado sobre reciprocidade ambiental também está em análise, e pode ser útil neste contexto.
A diplomacia brasileira acredita que as tarifas de Trump podem acelerar o acordo comercial com o Mercosul, que precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia. Há otimismo para que a tramitação seja concluída até dezembro, quando o Brasil sediará a cúpula do Mercosul.