Tarifaço de Trump não deve impactar operação da Embraer nos EUA

Tarifas impostas por Trump: Impacto baixo nas aeronaves da Embraer.

Especialistas afirmam que empresas importadoras absorverão a alta de 10% para aeronaves onde concorrentes americanas, como a Airbus, não atuam com força.

A Embraer se beneficia dos modelos E1, jatos de médio porte, especialmente o Embraer 175, que lidera o mercado americano.

No 4° trimestre de 2022, 723 aeronaves da Embraer foram compradas nos EUA, com 95% sendo do modelo E175.

A Skywest foi a maior compradora, seguida pela American Airlines, que aguarda entrega de 92 aeronaves nos próximos meses.

Companhias como Republic Airlines e Mesa Airlines utilizam apenas a Embraer, especialmente em operações regionais.

Adalberto Febeliano, especialista, afirma que a diminuição nas vendas para os EUA não gerará demanda significativa globalmente.

José Roberto Afonso, do IDP, reforça que o impacto será maior para as importadoras, que enfrentarão aumento de custos.

O professor Jorge Eduardo Leal Medeiros destaca que a scope clause favorece a Embraer, limitando aeronaves de mais de 70 assentos.

Retaliação do Brasil em resposta à tarifa de 10% de Trump é incerta, com debates no Congresso.

Afonso sugere cuidado, já que partes da Embraer podem ser importadas dos EUA, afetando a fabricação nacional.

Importações da Airbus podem ser atingidas, impactando a Gol, que está em recuperação judicial nos EUA.

Febeliano teme retaliações, pois a Boeing também tem contratos em uso pela Gol, complicando a situação.

Relatório do BTG indica que a aviação executiva é o maior mercado da Embraer, com demanda forte pelos modelos Phenom e Praetor.

A Embraer também se beneficia, pois nem todas as aeronaves executivas são totalmente montadas no Brasil, permitindo flexibilidade.