Tarifaço de Trump: o tamanho do estrago
Quedas acentuadas nas bolsas refletem o impacto das novas tarifas, com perdas significativas nas ações de empresas dependentes da produção asiática. Analistas alertam que a política de Trump pode levar a uma recessão e aumento no custo de vida dos americanos.
Queda das Bolsas dos EUA: O dia foi marcado pelo pior desempenho desde março de 2020. O Nasdaq despencou 6%, o S&P 500 4,8% e o Dow Jones 4%, resultando em uma perda de US$ 3,1 trilhões em valor de mercado.
Empresas afetadas: Companhias dependentes da produção asiática sofreram grandes perdas. A Apple caiu 9%, a Dell 19%, e a Best Buy 18%. A Nike viu sua cotação cair 14%.
Mercados europeus: O Stoxx 600 caiu 2,7%, com perdas significativas da Adidas (-11%) e da Maersk (-9,5%).
Impacto no Brasil: O dólar recuou 1,2%, fechando a R$ 5,62. O Ibovespa ficou praticamente estável, com apenas -0,04% de queda.
Novas tarifas: Análise da Yale revela que tarifas podem chegar a 22%, o maior nível desde 1909, e a Goldman Sachs projeta 15% após exceções. Isso é comparado ao Smoot-Hawley Tariff Act de 1930, que teve efeitos negativos na economia global.
Consequências econômicas: Especialistas alertam que a guerra comercial pode levar a uma recessão, com a perda média de US$ 3.800 na renda das famílias americanas. Estudo do Federal Reserve indicou que empregos perdidos superaram os criados pela proteção tarifária.
Relações comerciais: A guerra tarifária pode beneficiar a China, com novos laços estabelecidos com países asiáticos. Trump se mantém firme em sua posição, sustentando que as predições sobre comércio estão erradas.
Contexto histórico: Trump expressa seu descontentamento com déficits comerciais desde 1988, apesar do crescimento do setor de serviços nos EUA que ajuda a equilibrar a balança comercial.