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Tarifaço de Trump pode impactar inflação e adiar corte de juros, dizem especialistas

Tarifas de importação e exportação podem complicar cenário econômico no Brasil. Especialistas alertam para impactos negativos no PIB, inflação e custo de capital das empresas.

Tarifas adicionais de importação e exportação no Brasil podem adiar o corte de juros, elevando custos e endividamento das empresas, alertam especialistas.

No curto prazo, a menor exportação para os EUA pode diminuir preços locais de itens como carne e laranja, mas, no médio e longo prazo, a alta do dólar e de importados pode aumentar a inflação.

Eduardo Galvão, professor do Ibmec, destaca que tarifas podem impactar o PIB e a arrecadação, resultando em juros mais altos. A Bradesco Asset estima uma redução das exportações brasileiras de US$ 7 bilhões a impactar o PIB entre 0,2% e 0,3% inferiores.

O IPCA está acima do teto da meta (5,35% em 12 meses) e o Banco Central elevou a taxa de juros para 15% ao ano. Alguns economistas consideram uma futura redução na Selic improvável com as tarifas.

Mudanças nas tarifas de importação dos EUA, de 8% para 50%, poderiam retirar até 0,5% do PIB. A alta do dólar e possíveis intervenções do BC dependem de movimentos atípicos no câmbio.

Investidores são aconselhados a diversificar, aproveitando a queda das ações no Brasil e a alta atratividade dos títulos de renda fixa, uma vez que as ações em Wall Street atingem recordes.

Enquanto isso, ações de empresas brasileiras com produção nos EUA, como Gerdau e JBS, devem sofrer menos impacto. Analistas pedem que decisões de investimento considerem o perfil de risco e objetivos. É recomendável evitar pânico e acompanhar a situação, dada a volatilidade do mercado.

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