Tarifaço de Trump: principal entidade do agro diz que economia brasileira está 'à margem de uma agenda política sequestrada'
CNA critica interferência política nas relações internacionais e na economia brasileira. A entidade alerta para a necessidade de reformas e um ambiente político estável para atrair investimentos e garantir o crescimento do país.
CNA critica instabilidade política brasileira
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou, nesta terça-feira, que a economia do país está "à margem de uma agenda política sequestrada".
Essa declaração ocorre após o presidente americano, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, a partir de agosto. Trump mencionou, em carta a Lula, processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro do Supremo Tribunal Federal.
A CNA destaca que, enquanto o Brasil tenta recuperar sua economia e atrair investimentos, a política se concentra em argumentos estéreis e radicalismos ideológicos.
A entidade afirma que, em vez de consolidar sua posição como fornecedor estratégico de alimentos, energia limpa e minerais críticos, o Brasil está nas manchetes por "crises políticas pessoais".
A CNA critica o governo Lula por não liderar uma agenda pragmática e por reabrir feridas políticas, reforçando antagonismos.
Para a confederação, é crucial que o Brasil busque reformas estruturais, segurança jurídica e um ambiente político estável para atrair investimentos, uma vez que “nenhum investidor aposta” em um país preso no passado.
A CNA finaliza afirmando que a economia não pode ser refém de narrativas políticas extremas e que é necessário um olhar para o futuro, exigindo a maturidade de todos os lados para corrigir a crise atual.