Tarifaço de Trump: taxas de 50% contra o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira
Novo decreto prevê a inclusão de quase 700 produtos brasileiros na lista de isenções. Enquanto isso, as negociações entre os governos seguem enfrentando obstáculos, com a expectativa de um diálogo direto ainda incerta.
Trump assina decreto e oficializa tarifaço de 50% contra o Brasil
As tarifas de importação de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros entram em vigor nesta quarta-feira (6).
O presidente Donald Trump assinou um decreto no dia 30, elevando a tarifa de importação, inicialmente de 40%, para 50%. A medida inclui exceções, como:
- suco de laranja
- aeronaves civis
- petróleo
- veículos e peças
- fertilizantes
- produtos energéticos
A Casa Branca afirma que o decreto é uma resposta a ações do governo brasileiro que representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e economia dos EUA.
O comunicado destaca que ações de perseguição política e censura no Brasil, especialmente em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, motivaram a decisão. O ministro Alexandre de Moraes é citado como responsável por abusos de direitos humanos.
Além das tarifas, o decreto justifica o bloqueio de vistos de ministros do STF, incluindo Moraes, por serem considerados responsáveis por violar a liberdade de expressão.
As negociações entre Brasil e EUA para reverter as tarifas estão travadas. Lula declarou que pretende chamar Trump para discutir questões climáticas, mas não para negociar.
O governo brasileiro elabora um plano de contingência para apoiar empresas afetadas. Apesar da pressão por um contato direto com Trump, o Planalto aguarda clareza sobre o que pode ser negociado.
A expectativa de um acordo diminuiu após o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, afirmar que é “improvável” que um acordo seja firmado em breve.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planeja uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, mas o encontro ainda não foi agendado. A ideia é preparar um possível encontro entre Lula e Trump.