Tarifaço de Trump tumultua logística e cria confusão em contratos de exportação
Problemas de logística e incertezas contratuais afetam exportações brasileiras após tarifaço de Trump. Empresários enfrentam desafios para adaptar operações e contratos ao novo cenário de sobretaxas nos EUA.
Tarifaço de Trump gera caos nas exportações brasileiras
O novo tarifaço do presidente Donald Trump criou **instabilidade** nas empresas brasileiras que exportam para os EUA. A sobretaxa foi anunciada via rede social, causando **dúvidas** sobre regras e contratos, conforme relatam empresários e consultores.
Welber Barral, do escritório Barral Parente Pinheiro Advogados, menciona que a burocracia tende a aumentar com mais controle do Estado.
Luciano Bonaldo, da Netuno USA, expressa a dificuldade em planejar com mais de uma semana de antecedência devido às incertezas. A Novus, de Canoas (RS), está confusa sobre como serão aplicadas as isenções tarifárias.
Gustavo Quedevez, do Barreto Veiga Advogados, destaca que é melhor renegociar contratos do que notificar mudanças abruptas.
A logística também foi afetada, com **alta** de 98% na utilização de contêineres entre Brasil e Costa Leste dos EUA. Porém, há sinais de queda no frete marítimo, que normalmente aumenta nesta época do ano.
A Frooty Açaí está preparada para suprir a demanda até o fim do ano, enquanto a marca de moda Despi trabalhou intensamente para atender o mercado externo.
Em resposta à sobretaxa, a Frescatto optou pelo transporte aéreo para suas exportações, incorrendo em gastos excessivos devido à decisão apressada. A Netzsch também antecipou envios sem necessidade, perdendo a lógica de negócios pela pressão tarifária.
Rodrigo Viti, da Allog, destaca que cancelamentos e remanejamentos nas exportações geram custos adicionais. Alguns exportadores estão optando por armazenar produtos em terminais alfandegados, aguardando um possível alívio nas taxas.
Na produção agrícola, as campanhas de manga seguem conforme o planejado, mas o mercado permanece incerto. Giorgio Rossi, da Firjan Internacional, alerta que as incertezas acarretam **aumento de custos** e exigem uma revisão nos planejamentos dos exportadores.