Tarifaço deve influenciar pouco o crescimento de 2025, diz Fazenda
Impacto da tarifa dos EUA deve afetar poucos setores da economia brasileira, segundo a SPE. Apesar das incertezas políticas, crescimento do PIB é revisado para 2,5% em 2025.
SPE do Ministério da Fazenda analisa impacto das tarifas dos 50% impostas pelos EUA ao Brasil. Segundo relatório, o efeito será concentrado em setores específicos, afetando pouco o crescimento da economia em 2025.
O Boletim Macrofiscal indica que as exportações brasileiras representam cerca de 18% do PIB, com 12% direcionado aos EUA. Produtos básicos como petróleo, aço e carne bovina predominam nas vendas.
A SPE destaca que produtos básicos são mais facilmente redirecionados a outros mercados. Portanto, o impacto das tarifas será pouco significativo no crescimento, embora setores de transformação possam ser prejudicados.
A projeção de crescimento do PIB foi aumentada de 2,4% para 2,5%, sem considerar os efeitos das novas tarifas. Economistas do mercado esperam 2,23%, enquanto o BC prevê 2,1%.
A revisão se deve à resiliência do mercado de trabalho, com taxa de desemprego em 6,2%, a mais baixa desde 2012. O consumo das famílias também apresentou desempenho superior ao esperado.
Além disso, o crescimento da agropecuária foi revisado devido às altas nas estimativas de produção de milho, café, algodão e arroz.
A SPE prevê uma desaceleração do PIB no 2º trimestre, avançando 0,6% contra 1,4% do primeiro trimestre. O ritmo da indústria e serviços deve aumentar neste período.