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Tarifaço dos EUA ao Brasil é interferência mais profunda desde a Guerra Fria, diz The Economist

A revista destaca que as sanções dos EUA marcam uma intervenção sem precedentes na América Latina desde a Guerra Fria e podem fortalecer a popularidade de Lula. O governo brasileiro ainda busca respostas e negociações frente à medida considerada uma afronta à soberania nacional.

A revista "The Economist" publicou hoje uma reportagem criticando as recentes medidas do governo dos Estados Unidos contra o Brasil, chamando-as de "chocantes" e a maior interferência na América Latina desde a Guerra Fria.

As medidas incluem:

  • Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros;
  • Investigação das práticas comerciais do Brasil;
  • Suspensão de vistos para autoridades, incluindo 8 ministros do STF.

Em 9 de julho, Donald Trump anunciou essas tarifas, motivado por questões tarifárias e decisões do STF contra plataformas digitais, além do processo judicial contra Jair Bolsonaro.

O governo brasileiro considerou a ação uma afronta à soberania e uma chantagem visando a anistia de Bolsonaro. A resposta comercial ainda está em discussão.

A revista destaca que, embora algumas queixas comerciais dos EUA sejam legítimas, elas não refletem a real preocupação de Trump com a economia brasileira, que é vista como uma das mais fechadas do mundo.

A relação com os Brics também foi citada como um fator que provocou a reação de Trump, após a cúpula realizada no Rio de Janeiro. Lula respondeu às ameaças de Trump, e a revista aponta que sua popularidade aumentou desde o tarifaço, potencializando suas chances na corrida eleitoral de 2024.

Se as tarifas forem implementadas, o impacto negativo deve afetar principalmente as empresas de regiões eleitorais de Bolsonaro. Além disso, o governo americano desagradou aos brasileiros ao investigar o Pix.

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