Tarifaço dos EUA pressiona emergentes; Moody’s lista emissores de dívida mais vulneráveis
Moody's alerta sobre riscos crescentes para empresas e governos emergentes devido às tarifas dos EUA. A instabilidade econômica e a volatilidade cambial podem impactar negativamente a capacidade de crédito e de investimento na região.
Aumento do Endividamento dos EUA gera preocupações quanto à saúde de empresas e governos de países emergentes.
A agência de classificação de risco Moody’s cortou a nota soberana do país, alertando para a vulnerabilidade de governos dependentes de exportações, com reservas cambiais limitadas e posições fiscais frágeis.
O relatório destaca que as tarifas salariais aplicadas pelo governo de Donald Trump têm efeitos indiretos negativos, como:
- Desaceleração econômica
- Queda nos preços das commodities
- Desvalorização cambial
- Aumento da aversão ao risco
As empresas mais afetadas são aquelas que dependem diretamente das exportações para os EUA, principalmente nos setores automotivo, químico e de manufatura.
O setor portuário é o mais exposto na infraestrutura. Já os bancos enfrentam riscos com a deterioração da qualidade de crédito e volatilidade cambial.
A Moody’s detalha que as tarifas impactam emissores de dívida em países emergentes por três canais principais:
- Comércio Direto – custos repassados ou absorvidos.
- Condições Macroeconômicas – incertezas que desaceleram o crescimento.
- Mercados Financeiros – volatilidade elevando risco de default.
O México é a economia latino-americana mais exposta, mas metade de suas exportações não estão sujeitas a tarifas. Países como Chile e Brasil têm parceria significativa com a China.
A Moody’s conclui que, apesar de acordos comerciais em andamento, a reversão completa das tarifas é improvável, resultando em pressão contínua sobre os mercados emergentes.
No dia 16 de outubro, a Moody’s rebaixou o rating dos EUA de Aaa para Aa1, perdendo a nota máxima em todas as três principais agências de rating. A S&P e a Fitch já haviam rebaixado anteriormente.