Tarifaço dos EUA sobre produtos do Brasil entra em vigor hoje, com cerca de 700 exceções
Brazil enfrenta sobretaxa de 50% nas exportações para os EUA, intensificando tensões bilaterais. O governo busca alternativas para contornar os impactos econômicos enquanto lida com questões políticas internas complexas.
Desde esta quarta-feira, inicia-se uma sobretaxa de 50% sobre parte das exportações brasileiras para os EUA, conforme anúncio do presidente Donald Trump.
As vendas já enfrentavam uma tarifa adicional de 10%, e não há diálogo aberto sobre compensações para remover a sobretaxa.
Os EUA sinalizaram interesse em discutir:
- Retirada de processo contra Jair Bolsonaro no STF;
- Acesso a minerais críticos;
- Regulação das big techs.
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira mantiveram conversas com autoridades americanas, mas a situação se complicou com a prisão domiciliar de Bolsonaro pelo STF.
Os EUA acusaram o ministro Alexandre de Moraes de violar direitos humanos, gerando sanções econômicas contra ele.
O governo brasileiro planeja um plano de contingência para os setores afetados, como carnes e calçados.
A dinâmica das negociações com os EUA é inédita e desafiadora, com pressão para que o Judiciário Brasileiro suspenda o processo contra Bolsonaro.
Brasil fica em desvantagem em relação a outros parceiros internacionais, como:
- União Europeia: tarifas de 25% para 15% em troca de investimentos;
- Indonésia: redução de 99% nas tarifas de importação.
Frederico Favacho acredita que Trump expôs o Brasil à atenção mundial, enquanto Oliver Stuenkel observa a falta de clareza nos interesses dos EUA.
Dawisson Belém Lopes enfatiza que o governo brasileiro não cederá sob pressão, mantendo uma postura soberanista. Essa postura é vista como essencial para o governo Lula e sua popularidade eleitoral.