Tarifaço é “a lei de Murici: cada um por si”, diz Luís Otávio Leal, da G5 Partners
A adoção de tarifas recíprocas pelos EUA gera preocupações sobre possíveis impactos econômicos globais, incluindo estagflação e uma possível guerra econômica com a China. Especialistas alertam que o Brasil poderá sentir as consequências por meio da desvalorização do Real e da maior aversão a riscos no mercado.
Nova Era de Incertezas: A adoção das tarifas recíprocas pelos EUA pode levar o país à estagflação, enquanto a China luta para escoar sua produção. Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, ressalta que o cenário provoca riscos financeiros e uma possível guerra econômica global.
Impacto Econômico: O Fed pode precisar reduzir juros para evitar problemas financeiros. Os preços devem aumentar, enquanto a demanda pode diminuir, intensificando a estagflação nos EUA.
Tratamento das Commodities: A expectativa de desaceleração global pode levar à queda dos preços das commodities, o que pode compensar o aumento de precios de bens nos EUA.
China e Excedente de Produção: Com o mercado americano fechado, a China poderá direcionar sua produção excedente para outros países, criando potencial para uma guerra comercial global.
Fed e Juros: O presidente do Fed, Jerome Powell, pode optar por baixar juros se a economia entrar em recessão. A prioridade deve ser sustentar a economia em vez de combater a inflação.
Ativos Emergentes: O real brasileiro enfrenta pressões devido à aversão ao risco e ao declínio das commodities. O dólar pode voltar a R$ 6,30, dependendo de como as situações se desenvolverem.
Projeções de Recessão: A recessão nos EUA é considerada inevitável, com previsões de queda no PIB. O impacto será mais visível a partir do terceiro trimestre deste ano.
Reindustrialização nos EUA: A tentativa de Trump de reverter a desindustrialização enfrenta desafios, pois a economia americana é predominantemente de serviços.