Tarifaço: empresários dizem que mais da metade dos produtos exportados aos EUA terão taxa de 50%
Lula afirma que não entrará em contato com Trump sobre tarifas que impactam exportações brasileiras. Setores industriais buscam apoio do governo para mitigar os efeitos do tarifaço de 50% anunciado pelos EUA.
Lula afirma que não irá contatar Trump sobre o tarifaço que afeta as exportações brasileiras.
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que mais da metade das exportações do Brasil para os EUA enfrentará uma tarifa de 50%.
O estudo aponta que 41,4% da pauta exportadora, com 7.691 produtos, será impactada pela tarifa combinada.
Detalhes do tarifaço:
- Impostos iniciais de 10% + sobretaxa de 40%.
- Exportações em 2024: US$ 17,5 bilhões.
- Indústria de transformação: 69,9% do valor, com 7.184 produtos afetados.
Setores mais impactados:
- Vestuário e acessórios: 14,6%
- Máquinas e equipamentos: 11,2%
- Produtos têxteis: 10,4%
- Alimentos: 9,0%
- Químicos: 8,7%
- Couro e calçados: 5,7%
Os setores de aço, alumínio e cobre compreendem 9,3% da pauta e também enfrentarão a tarifa adicional de 50%.
Ricardo Alban, presidente da CNI, destaca a necessidade de negociações efetivas para reverter as barreiras comerciais com os EUA.
Ajuda ao governo:
Os setores prejudicados estão solicitando apoio, incluindo:
- Linhas de crédito subsidiadas
- Aumento do prazo para liquidação de contratos
- Adoção do direito provisório de dumping
- Adiamento no pagamento de tributos federais
- Reativação do Programa Seguro-Emprego (PSE)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já enviou propostas ao Palácio do Planalto para proteção dos setores afetados. A avaliação e o anúncio das medidas serão definidos posteriormente.