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Tarifaço: empresas apelam para férias coletivas no Sul mesmo com pacote de ajuda

Setores brasileiros enfrentam dificuldades devido ao tarifaço de Donald Trump, levando empresas a adotarem férias coletivas e paralisarem a produção. Medidas de apoio do governo oferecem alívio temporário, mas não garantem a sustentabilidade a longo prazo.

Setor moveleiro brasileiro enfrenta crise devido ao tarifaço de Donald Trump

O socorro do governo federal é considerado insuficiente para muitos setores afetados pelo tarifaço. Exportadores brasileiros, especialmente do setor moveleiro, estão dando férias coletivas e paralisando a produção devido à queda nas encomendas dos EUA.

No polo moveleiro de Santa Catarina, são 7 mil trabalhadores em 398 indústrias, das quais 20 são exportadoras. Cerca de 600 trabalhadores de quatro empresas já estão em férias coletivas, segundo o Siticom-SBS.

No ano passado, as exportações da região chegaram a US$ 123,4 milhões, com US$ 77 milhões desse total vindo dos EUA. No primeiro semestre de 2023, as vendas para americanos caíram para US$ 39,19 milhões.

A Artefama antecipou as férias de 220 funcionários, prevendo uma pausa de apenas 15 dias que pode ser renovada. A empresa depende fortemente do mercado americano, especialmente em private label.

Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindusmobil, comenta que as medidas do governo são um alívio temporário, mas não suficientes se a situação continuar. Ele destaca que a negociação entre os governos é crucial.

A Abicalçados e a Abimci relatam situações semelhantes, com algumas empresas já adotando férias coletivas e se preparando para possíveis demissões. O setor de madeira também vive pressão para baixar preços devido às tarifas.

A Millpar colocou 720 de seus 1,1 mil empregados em férias coletivas por 30 dias, mantendo a operação parada, exceto as áreas administrativas.

O CEO da Millpar, Ettore Giacomet Basile, afirma que a gestão está monitorando a situação e tomando decisões com prudência.

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