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‘Tarifaço’: Exportações aos EUA representam 2% do PIB do Brasil, aponta Goldman Sachs

Brasil é um dos países da América Latina menos afetados pelas novas tarifas de Donald Trump, com exportações para os EUA representando apenas 2% do PIB. O banco Goldman Sachs destaca que o impacto direto no continente é baixo, exceto para o México, que tem maior exposição.

A economia brasileira está entre as menos expostas da América Latina às tarifas anunciadas por Donald Trump, no “Dia da Libertação”.

A avaliação do banco Goldman Sachs indica que as exportações do Brasil para os EUA representam cerca de 2% do PIB.

O novo pacote tarifário prevê alíquotas a partir de 10%, podendo chegar a até 46% para países como Vietnã e 34% para a China. Esta última terá uma sobretaxa total de 54%.

No Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Equador e Uruguai, a alíquota básica é 10%. A Venezuela enfrentará 15%.

O Goldman Sachs ressalta que o México é o país mais afetado, com 27,2% do PIB dependente dos EUA. Este não foi incluído nas novas taxas, assim como o Canadá.

Os países mais expostos, além do México, são:

  • Equador: 7,1%
  • Chile: 5,0%
  • Colômbia: 4,4%
  • Brasil: 2%
  • Argentina: 1,2%

Setores brasileiros mais expostos incluem:

  • Metais: 0,3% do PIB
  • Produtos minerais: 0,4%
  • Alimentos: 0,2%
  • Madeira e derivados: 0,2%
  • Máquinas: 0,1%
  • Produtos químicos: 0,1%

Isenções para produtos como cobre, energia e fármacos ajudam a reduzir o impacto na América Latina. Já produtos como aço e alumínio seguem sujeitos a taxas anteriores.

Apesar do impacto direto ser limitado, o Goldman Sachs alerta para efeitos indiretos de uma possível desaceleração global e retaliações comerciais.

No cenário global, China e outros exportadores asiáticos são os mais afetados, com tarifas de até 32% para Taiwan e 26% para a Índia.

As tarifas permanecerão em vigor por tempo indeterminado, com possibilidade de modificações pelo presidente Trump.

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