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Tarifaço faz hamburguer americano ficar mais cara e aumenta consumo de carne brasileira; entenda

Aumentos nas tarifas de importação de carne bovina pelos EUA podem transformar o Brasil em um fornecedor ainda mais atraente para a China. Especialistas alertam que isso afetará os preços e a oferta de carne moída no mercado americano.

A maioria dos hambúrgueres americanos não é totalmente nacional. Misturas de carne moída, frequentemente com carne importada do Brasil, são usadas em fast-foods e churrascos.

Tarifas impostas pelo presidente Trump estão mudando o comércio global, tornando a carne brasileira mais cara para os EUA, mas atraente para a China, devido à guerra comercial.

A China, grande consumidora de carne bovina, aumentou suas importações do Brasil em abril. Os preços da carne brasileira subiram 20% desde então.

O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, ganhou espaço por ter menores custos de produção, enquanto os frigoríficos dos EUA misturam carne suína para conter preços.

Com as tarifas dos EUA de 10% à carne brasileira, a demanda por carne moída e preços altos são questões para os processadores americanos. Luiz Inácio Lula da Silva busca negociar com China e EUA.

A China mudou sua preferência por carne, com importações de US$ 13 bilhões em 2024 de carne bovina, principalmente do Brasil, que enfrenta tarifas menores na China.

A produção brasileira de carne pode diminuir em 2025 devido a secas, e principais portos estão quase em capacidade total. Nos Estados Unidos, o rebanho bovino caiu para o menor nível em 73 anos.

A crise econômica está aumentando a demanda por carne mais barata nos EUA, e, mesmo com tarifas, o país ainda precisará do Brasil. Roberto Perosa afirma que "é a sociedade americana que vai ter que pagar a conta".

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