Tarifaço ou cortes de juros: o que manda no futuro da bolsa no Brasil?
Ibovespa se recupera levemente em meio à incerteza do tarifaço dos EUA e possível corte de juros americanos. A situação política no Brasil, com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, também influencia o clima do mercado.
Ibovespa conseguiu fechar em alta de 0,14% na véspera da entrada em vigor do tarifaço sobre produtos brasileiros nos EUA.
As ações se recuperam após Donald Trump recuar em quase 700 isenções ao tarifaço. Atualmente, o Ibovespa acumula alta de 0,54% na semana e 0,06% em agosto. Desde o início do ano, a valorização é de 10,7%.
Cresce entre investidores a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, o que pode favorecer cortes na Selic e impulsionar investimentos no Brasil.
No entanto, o clima cauteloso persiste, com o tarifaço dominando as operações. O volume de negócios na bolsa foi de menos de R$ 14 bilhões, abaixo da média diária de R$ 16,5 bilhões dos últimos 12 meses.
A decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro pode aumentar as tensões entre Brasil e EUA, impactando a bolsa. Trump cita o processo de Bolsonaro no STF como justificativa para sanções. O dólar comercial ficou estável a R$ 5,51, com baixa de 0,01% hoje e recuou 10,9%
"Indicadores mistos e declarações do Fed solidificam expectativas de corte de juros", comenta Bruno Shahini, especialista da Nomad.
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