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Tarifaço pode cortar 0,41% do PIB brasileiro, mas enfrenta barreiras legais nos EUA

Retaliações podem levar a uma queda de até 0,41% no PIB brasileiro, enquanto barreiras jurídicas desafiam a validade da tarifa. Especialistas alertam para danos econômicos já provocados pela incerteza no comércio internacional.

Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros:

Anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com início em 1º de agosto, pode gerar prejuízos bilionários ao Brasil. Contudo, a medida enfrenta barreiras jurídicas nos Estados Unidos e internacionalmente.

Segundo estudo da FGV Agro, as tarifas podem causar uma retração de até 0,41% no PIB do Brasil. Autores do estudo afirmam que as tarifas violam normas do comércio internacional e a legalidade do sistema jurídico americano.

Imposição das tarifas:

  • Contraria princípios como a cláusula da nação mais favorecida.
  • Reforça padrões condenados pela Organização Mundial do Comércio.
  • Legalidade fragil das tarifas segundo leis como a Trade Expansion Act.

Impacto nas exportações:

Em 2024, os EUA foram responsáveis por 12% das exportações brasileiras, totalizando US$ 40,37 bilhões. Produtos do agronegócio, como café e carne bovina, podem ter suas vendas externas reduzidas em até 75%.

As perdas estimadas seriam de até US$ 13 bilhões para o Brasil e US$ 18,4 bilhões para os EUA, caso ocorra retaliação. Impactos no PIB: Brasil (-0,41%) e EUA (-0,08%).

Desequilíbrio tarifário:

Os EUA aplicam tarifas baixas à maioria dos produtos brasileiros, com exceções. O Brasil, por outro lado, impõe tarifas elevadas sobre certos insumos.

Mesmo com o não cumprimento da tarifa, o anúncio já gera dano à economia brasileira e incerteza no comércio internacional.

Os pesquisadores recomendam uma ação coordenada de países afetados nos fóruns internacionais, como a OMC, para enfrentar o problema juntos.

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