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Tarifaço pode fazer café brasileiro ganhar mais espaço nos EUA, mas possível inflação preocupa

Especialistas avaliam que a nova tarifa de 10% imposta por Trump pode beneficiar as exportações de café brasileiro, mas também provocar um aumento nos preços e uma possível diminuição do consumo nos EUA. O Brasil, já líder nas vendas para o mercado americano, terá que se adaptar a um cenário de custos mais altos e competição com fornecedores asiáticos.

Café no Sul de Minas — Foto: Divulgação / Emater-MG

O tarifaço de Donald Trump poderá impactar o café brasileiro de maneiras diversas, conforme análise de especialistas.

  • Uma chance para o Brasil vender mais aos EUA, seu maior consumidor.
  • Possível encarecimento da bebida nos EUA pode resultar em queda de consumo.
  • Trump anunciou uma taxa de 10% sobre produtos importados, incluindo o café.

Atualmente, os EUA não pagam taxas para importar o grão verde do Brasil, que responde por 32% do mercado americano.

Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, ressalta que a nova taxa não é vantajosa, mas as tarifas mais altas para concorrentes asiáticos (Vietnã 46% e Indonésia 32%) beneficiam o Brasil.

Os EUA têm baixa produção de café, importando quase toda a quantidade. Entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil exportou 7,3 milhões de sacas, com o café arábica sendo o mais vendido.

O Brasil tem uma oportunidade no café robusta, predominante nas exportações do Vietnã e Indonésia, que somam 2 milhões de sacas.

Mesmo assim, o Brasil pode enfrentar consequências negativas com essa taxa, como aumento de custos ao consumidor, reduzindo a demanda.

Marcos Jank, do Insper, adverte que essas tarifas acarretam desarranjos nas cadeias produtivas, resultando em aumento de preços e, possivelmente, queda no consumo.

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