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'Tarifaço' pode gerar perda de US$ 1,5 bi para a siderurgia brasileira, mas efeito insignificante no PIB, diz Ipea

Estudo do Ipea revela que tarifas de aço dos EUA resultarão em perdas significativas para as exportações brasileiras de metais ferrosos. Apesar disso, o impacto global na economia do Brasil permanece considerado irrelevante.

Tarifas de 25% sobre importações de aço pelos Estados Unidos devem ter efeito insignificante na economia brasileira como um todo.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima uma queda de 11,27% nas exportações brasileiras de metais ferrosos, resultando em uma perda de US$ 1,5 bilhão.

A medida pode representar uma redução de 0,01% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com efeitos semelhantes no Canadá e México. Expectativa de queda de 0,03% nas exportações totais e -0,26% nas importações.

O impacto será maior no setor de metais ferrosos, incluindo o aço, com previsão de queda de 2,19% na produção em 2025 e recuo de 1,09% nas importações.

Comparando as exportações de US$ 12,9 bilhões em 2024 para produtos de ferro e aço básicos, a retração significaria uma perda de 1,6 milhão de toneladas.

Em 2024, as exportações de aço totalizaram US$ 7,6 bilhões, com os Estados Unidos respondendo por 55,7% desse total. Expectativa de recuo de 36,2% nas vendas para o mercado americano.

O estudo também prevê um recuo de 0,02% no PIB dos Estados Unidos, com impacto em investimentos, exportações e importações. Expectativa de queda expressiva nas importações de metais ferrosos de 39,2%.

Além disso, prevê-se redução na produção de setores como máquinas e equipamentos (-1,1%), produtos de metal (-0,9%) e veículos e peças (-0,5%).

Canadá e México seriam os mais afetados, com quedas nas exportações de metais ferrosos de -31,4% e -21,3%, respectivamente.

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