Tarifaço pode subir a oferta e baratear café e carnes, diz Fazenda
Secretário do Ministério da Fazenda alerta sobre possíveis efeitos nas exportações brasileiras devido a tarifas dos EUA. Mudanças podem impactar a inflação e a oferta interna de produtos como carne e café.
Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, alertou que tarifas de 50% dos Estados Unidos podem impactar as exportações brasileiras de produtos como café e carne.
Ele destacou que o redirecionamento para o consumo interno pode gerar efeito deflacionário no Brasil, com maior oferta no mercado doméstico.
Com o dólar comercial a R$ 5,591 e alta de 3,08% na semana, a desvalorização do real também pode ter efeito negativo na inflação. Mello prevê 4,9% de inflação em 2025 e 3,6%% em 2026.
A SPE (Secretaria de Política Econômica) afirmou que o "tarifaço" impactará "pouco" o crescimento econômico, destacando que as exportações correspondem a 18% do PIB, com 12%% oriundo dos EUA.
Mello observou que estados como São Paulo sofrerão maior impacto e enfatizou a necessidade de mobilização dos setores produtivos.
A Secretaria apontou que produtos básicos, como óleo bruto de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja e carne bovina, são os mais exportados para os EUA.
Itens manufaturados, como aeronaves e máquinas, também estão entre as exportações, mas produtos básicos devem ser redirecionados mais facilmente para outros mercados.