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Tarifaço pode tirar EUA do mapa de venda do Brasil

Aumento drástico nas tarifas de produtos brasileiros para 50% gera preocupações entre exportadores e pode impactar severamente a economia. Medida compromete negociações de fusões e aquisições entre Brasil e EUA e provoca alta nas taxas de juros e do câmbio.

Estados Unidos impõem tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

A tarifa dos EUA contra o Brasil aumentou de 10% para 50%, causando alívio inicial e perplexidade. A medida tem impacto negativo nos ativos financeiros: taxas de juros e câmbio subiram.

A moeda brasileira avançou 1,04% para R$ 5,5024, maior fechamento desde junho. A mudança agrava a situação de fusões e aquisições entre empresas brasileiras e americanas, que já enfrentavam dificuldades.

Neste cenário, os EUA, segundo maior destino das exportações brasileiras, não devem levar o Brasil à recessão, mas podem causar um impacto negativo de 0,3 a 0,4 ponto porcentual no PIB, segundo o Goldman Sachs.

O presidente Trump anunciou a tarifa para iniciar em 1º de agosto, surpreendendo exportadores que não esperavam tal aumento. A economista-chefe da VanEck, Natalia Gurushina, considerou o aumento "assustador".

O consultor Welber Barral destacou que a tarifa inviabiliza o acesso brasileiro ao mercado americano, já que consumidores não aceitarão repassar o custo. Setores como siderurgia, aviação e agronegócio serão os mais afetados.

O presidente da AEB, José Augusto de Castro, afirmou que a medida pode levar empresas a suspenderem vendas. A diplomacia agora é necessária para tentar reverter a tarifa.

Lula declarou que a elevação unilateral de tarifas será respondida conforme a lei brasileira de reciprocidade econômica. A motivação política da ação de Trump também foi apontada, referindo-se a Bolsonaro e ao STF.

Economistas e políticos, incluindo Paul Krugman, criticaram a estratégia de Trump, sugerindo que poderia levar a um impeachment. As empresas exportadoras podem enfrentar dificuldades no mercado acionário.

O índice Ibovespa pode ter alívio com as mineradoras, considerando a alta do minério de ferro na China, apesar das préoccupações com as tarifas.

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