Tarifaço tiraria R$ 25,8 bi do PIB após exceções, diz Fiemg
Fiemg projeta severos impactos econômicos e sociais no Brasil devido a tarifas norte-americanas. Estima-se uma queda significativa no PIB e a perda de centenas de milhares de empregos nos próximos anos.
A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) projeta uma perda de R$ 25,8 bilhões no PIB brasileiro devido ao tarifaço norte-americano, que impactará 0,22% da atividade econômica a curto prazo.
A situação ocorre apesar de 694 produtos brasileiros estarem isentos da tarifa de 50%. A expectativa é que 146,6 mil empregos formais e informais sejam ameaçados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa recíproca de 10% em abril e, em 30 de julho, assinou um decreto com uma taxa adicional de 40%. A alíquota total sobre várias exportações brasileiras será de 50% a partir de 6 de agosto.
A Fiemg ressalta que cerca de 55% das exportações brasileiras para os EUA estarão sujeitas à taxação, totalizando US$ 22,2 bilhões, incluindo café, carne bovina, ferro, aço e produtos manufaturados.
Em um cenário de longo prazo (5 a 10 anos), a perda no PIB pode chegar a US$ 110,4 bilhões (ou 0,94%), afetando 618 mil empregos.
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, destaca que a imposição das tarifas foi unilateral e pede uma atuação diplomática do Brasil para aumentar as isenções e proteger a competitividade e os empregos.
A economia mineira pode perder R$ 4,7 bilhões (0,44% do PIB) e 30.334 empregos em até 2 anos. Em 5 a 10 anos, as perdas podem ultrapassar R$ 15,8 bilhões (1,49%) e 172,2 mil empregos.
Os setores mais afetados seriam siderurgia, pecuária, fabricação de produtos de madeira e calçados.