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Tarifas: China chama primeiras discussões comerciais com EUA de ‘passo importante’

Conversa entre China e EUA marca um novo capítulo nas relações comerciais, com expectativas de redução de tarifas. A reunião em Genebra é vista como um passo positivo, mas divergências fundamentais permanecem.

China e EUA iniciam negociações comerciais neste sábado (10) em Genebra, primeiro contato desde a guerra tarifária inaugurada por Donald Trump.

O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, representa a China, enquanto os EUA são representados pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante comercial, Jamieson Greer.

Segundo a Xinhua, este encontro é um passo importante para resolver os problemas comerciais, mas detalhes sobre o progresso não foram divulgados.

As discussões ocorreram em uma vila do Representante Permanente da Suíça nas Nações Unidas e devem prosseguir amanhã, 11. Trump sugeriu reduzir as tarifas sobre produtos chineses para 80%, mas essa mudança é vista como simbólica.

Pequim prometeu resistir e respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos. Isso causou uma estagnação no comércio bilateral.

Ngozi Okonjo-Iweala, da OMC, afirmou que as negociações são um passo positivo para a redução das tensões.

A presidente suíça, Karin Keller-Sutter, fez uma analogia com a eleição do Papa Leão XIV, esperando uma influência positiva nas negociações.

Apesar de as exportações chinesas terem aumentado 8,1% em abril, as vendas para os EUA caíram quase 18%. A Casa Branca advertiu que Trump não reduzirá as tarifas sem concessões.

Bonnie Glaser, do German Marshall Fund, acredita que um acordo poderia suspender a maioria ou todas as tarifas. Lizzi Lee, da Asia Society Policy Institute, vê um gesto simbólico que pode aliviar tensões.

Por fim, Xu Bin, da CEIBS, teme que as tarifas não retornem a um nível razoável, observando que mesmo que haja redução, ainda assim serão altas demais para um comércio normal.

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