Tarifas: como PIB do Brasil será afetado? JPMorgan vê impacto de até 1,2% na economia
Decisões geopolíticas e tarifas comerciais se entrelaçam no novo cenário econômico entre Brasil e EUA. O impacto sobre a economia brasileira pode ser significativo, levantando incertezas sobre a reação do governo e as possibilidades de retaliação.
Tarifa de 50% dos EUA contra o Brasil: O JPMorgan já havia sinalizado riscos para o Brasil em uma potencial guerra comercial, devido às altas tarifas de importação e a sua postura geopolítica.
Em 2 de abril, o presidente Trump anunciou uma tarifa padrão de 50% sobre as exportações brasileiras, muito acima do esperado 10%. A justificativa inclui questões relativas ao ex-presidente Bolsonaro e relações comerciais vistas como “não recíprocas”.
Impacto econômico: As exportações brasileiras para os EUA equivalem a 1,9% do PIB, afetando principalmente setores como metalurgia, petróleo, químicos e pedaços de produção agrícola.
- 18% das exportações totais são de aço e alumínio, que já possuem tarifas de 50%.
- O JPMorgan estima uma redução de 0,8% a 1,2% no PIB do Brasil devido à nova tarifa.
O impacto total poderá ser amenizado se o Brasil diversificar seus mercados com outros países.
Resposta do governo brasileiro: É crucial para entender o impacto final. A desvalorização do real em 2,2% pode ser um sinal do efeito inicial das tarifas.
Goldman Sachs aponta: A carta de Trump, endereçada ao Brasil, destaca a falta de reciprocidade. Se o Brasil não abrir mercados e eliminar barreiras, as tarifas se manterão.
As exportações do Brasil representam 2% do PIB, e se as tarifas persistirem, o impacto pode ser de 0,3% a 0,4% no PIB.
Conclui-se que as tarifas refletem não apenas questões comerciais, mas também a degradação das relações institucionais entre os países, tornando exportações inviáveis.