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Tarifas: como PIB do Brasil será afetado? JPMorgan vê impacto de até 1,2% na economia

Aumento explosivo nas tarifas de importação dos EUA coloca o Brasil em uma posição delicada no cenário comercial. Economistas alertam para o impacto negativo significativo no PIB e a necessidade de uma resposta eficaz do governo brasileiro.

Tarifas de 50% dos EUA ao Brasil: Surpresa?

O JPMorgan já havia alertado em novembro sobre a possibilidade de o Brasil ser alvo de uma guerra comercial, devido às suas altas tarifas de importação e postura geopolítica.

Após ameaçar tarifas sobre o BRICS, Trump anunciou uma tarifa padrão de 50% sobre exportações brasileiras, que entra em vigor em agosto. Economistas do JPMorgan destacaram que isso supera a expectativa inicial de 10% e agregadas setoriais.

A carta de Trump ao Brasil menciona:

  • Situação legal do ex-presidente Bolsonaro
  • Decisões do STF
  • Relação comercial "não recíproca"

Exportações brasileiras para os EUA representam 1,9% do PIB, com produtos como:

  • Aço e Alumínio (18% das exportações)
  • Petróleo
  • Café
  • Máquinas
  • Carne bovina

O banco estima uma redução do PIB entre 0,2% e 0,3% para cada aumento de 10 pontos percentuais nas tarifas, podendo chegar a 1,2% com as novas tarifas.

A resposta do governo brasileiro é crucial para entender o impacto econômico final. O real já se desvalorizou 2,2% após o anúncio.

O Goldman Sachs considera a carta do governo dos EUA singular, destacando a descrição injusta da relação comercial. A administração americana afirma que a tarifa de 50% é inferior ao necessário para um "campo de jogo equilibrado".

Se o Brasil não abrir seus mercados, as tarifas podem aumentar ainda mais, impactando negativamente o PIB em até 0,4 pontos percentuais.

Essa situação também reflete a degradação das relações institucionais entre os países, com tarifas que podem inviabilizar exportações.

(Fonte: Bloomberg)

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