Tarifas de Trump aumentarão custos das empresas e prejudicarão exportações
Empresas globais reagem a tarifas comerciais dos EUA, prevendo aumento de preços e queda nas vendas. O setor de transporte marítimo e grandes marcas enfrentam incertezas e impactos econômicos significativos.
Empresas globais enfrentam desafios com tarifas comerciais dos EUA
Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas que variam de 10% a quase 50%, provocando incertezas no comércio internacional.
Embora Trump acredite que as tarifas ajudarão a trazer empregos de volta, executivos temem aumentos de preços e um impacto negativo em investimentos. Nigel Green, CEO da deVere Group, alertou que os preços de produtos essenciais subirão, exacerbando a inflação.
Empresas de transporte marítimo, como a Maersk e a Hapag-Lloyd, expressaram preocupações sobre a demanda e a necessidade de ajustar serviços. A BGA, associação de importadores e exportadores da Alemanha, também advertiu sobre a possível queda nas vendas.
As tarifas visam proteger a economia dos EUA de práticas comerciais desleais. No entanto, a mudança pode desencadear aumentos de preços em diversas indústrias, afetando especialmente marcas como Nike, Adidas e Apple, cujas ações caíram consideravelmente.
Varejistas americanos, como Target e Best Buy, planejam repassar os custos aos consumidores, prevendo margens reduzidas. O aumento de preços afetará também bebidas estrangeiras, impactando o mercado global.
Marcas europeias de luxo, como Illy Caffe e Ferrari, já consideram aumento de preços, prevendo que seus consumidores possam absorver o custo. A Lavazza estuda expandir sua produção nos EUA, mas aguarda o impacto das tarifas sobre grãos brasileiros.
A Confindustria Accessori Moda destacou que as tarifas chegam em um momento crítico, e a demanda dependerá da disposição dos consumidores americanos em pagar a mais por produtos importados.
Analistas preveem um aumento de 6% nos preços de produtos de luxo nos EUA como estratégia para proteger as margens das empresas.