Tarifas de Trump causam congestionamento em portos europeus
Congestionamento nos portos europeus atinge níveis críticos devido a mudanças Tarifárias e seca nos rios. Especialistas alertam que os atrasos nas entregas podem persistir por meses, impactando a cadeia de suprimentos global.
Congestionamento nas cadeias de suprimentos da Europa atinge níveis críticos, piorando desde a pandemia de coronavírus. As empresas de navegação alertam que embarcações estão esperando dias para recolher mercadorias, especialmente em portos como Roterdã, Antuérpia e Hamburgo.
O diretor da WEC Lines, Caesar Luikenaar, destacou que "todos os grandes centros estão transbordando" e que os portos operam em máxima capacidade.
De acordo com Albert van Ommen, da Euro-Rijn Group, o congestionamento atual é o pior desde a pandemia, com portos sobrecarregados e problemas contínuos. Embarcações em Antuérpia e Roterdã estão enfrentando esperas médias de 66 e 77 horas, respectivamente.
DHL afirmou que atrasos ainda não causaram interrupções de produção, mas representam um risco. Van Ommen observou que em Antuérpia, navios estão descarregando com atrasos de três a cinco dias.
As causas incluem mudanças nas políticas tarifárias dos EUA, que obrigaram a reformulação das rotas de comércio, e níveis baixos dos rios, complicando o carregamento de embarcações. A MSC e a Maersk também encerraram um acordo de cooperação, causando mais perturbações.
O aumento das importações da Ásia, devido a altas tarifas nos EUA, contribui para o congestionamento. O volume de importações da Ásia cresceu cerca de 7% ano a ano, segundo Ellerbaek.
Operadoras de terminais estão tentando aliviar a pressão recrutando novos funcionários e adquirindo equipamentos. A ECT, em Roterdã, e a HHLA, em Hamburgo, estão cientes da situação e buscando soluções.
Por outro lado, investidores expressam pessimismo quanto à rapidez da resolução do congestionamento. Luikenaar alertou que pode levar anos para resolver os problemas de capacidade e que a situação não deve melhorar facilmente.