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Tarifas de Trump dão fôlego político a Lula — mas até quando?

Estudos recentes mostram um leve aumento na aprovação do governo Lula após a imposição do tarifaço por Trump. Analistas sugerem que a reação do presidente brasileiro pode ter contribuído para essa melhora e mudado o cenário político a seu favor.

A popularidade de Lula e os desafios de seu governo em 2025

No ano de 2025, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou graves pesquisas de opinião, mas em julho, surgiu uma melhora nas sondagens sobre seu governo.

Em 9 de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, como retaliação ao processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL). O tarifaço afetou mais de 3,8 mil produtos, criando um clima de tensão econômica.

Lula reagiu fortemente, defendendo a soberania do Brasil e posicionando-se nacionalmente contra a retaliação. Essa postura foi vista como um ganho de imagem política, mas especialistas questionam se a melhora nas pesquisas está relacionada à crise com Trump.

Pesquisas indicam que Lula, pela primeira vez, obteve aprovação superior à desaprovação (50,2% a 49,7%). As simulações para 2026 mostram ele à frente de rivais, apesar da inelegibilidade de Bolsonaro.

No entanto, a maioria ainda desaprova o governo, refletindo a preocupação com o impacto econômico do tarifaço. A pesquisa Datafolha revelou que 89% acreditam que as tarifas prejudicarão a economia.

Lula também enfrenta críticas por não buscar diálogo com Trump durante a crise. Alguns analistas acreditam que o governo deve calibrar seu discurso para evitar uma percepção de antiamericanismo.

O impacto econômico do tarifaço é incerto, com projeções de queda do PIB e perda de empregos. Comparado às preocupações, os brasileiros sentem que o impacto será maior em setores que dependem de exportações.

A crise política se intensificou no Congresso, onde a oposição ganhou força. Deputados bolsonaristas bloquearam sessões, exigindo pautas de interesse bolsonarista.

A relação entre o Planalto e o Congresso permanece instável, mas há oportunidades para Lula reverter sua popularidade em meio à crise.

Em resumo, Lula precisa navegar entre a pressão econômica do tarifaço, a reforma política e a busca por popularidade, enquanto lida com um Congresso hostil.

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