Tarifas de Trump deixam empresas em alerta e levam consumidor a cortar gastos nos EUA
Incertezas nas políticas comerciais de Trump afetam o consumo e a confiança das empresas. Cresce a preocupação sobre as potenciais consequências econômicas, com sinais de retração nos gastos dos consumidores.
A incerteza gerada pelas ameaças de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, está impactando negativamente diversos setores. Norte-americanos estão reduzindo seu consumo, desde produtos básicos até viagens.
As tarifas impostas por Trump a parceiros comerciais têm deixado empresas e consumidores nervosos, resultando em possíveis elevações de preços, o que pode agravar a inflação e prejudicar o crescimento econômico.
Após Trump não prever se suas medidas econômicas causariam uma recessão, o mercado de ações sofreu uma liquidação, desvalorizando quase US$ 5 trilhões do S&P 500.
O CEO da Delta Air Lines alertou sobre a queda nas viagens devido à incerteza econômica. Outras aéreas, como American Airlines e United Airlines, também relataram redução nas vendas.
As ações das companhias aéreas caíram com os cortes de gastos discricionários dos consumidores. A incerteza econômica está afetando a classe média, conhecida como Main Street.
Trump planeja se encontrar com cerca de 100 CEOs em Washington, enquanto a última rodada de tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados entra em vigor em breve.
As tarifas se aplicam a importações de Canadá, Brasil, México, Coreia do Sul, entre outros. Trump prometeu que as tarifas serão aplicadas "sem exceções". Além disso, ele anunciou a duplicação da tarifa para 50%% sobre o Canadá, em resposta à sobretaxa de Ontário.
Pesquisas recentes mostram que o sentimento econômico está se deteriorando, com pequenas empresas e consumidores se tornando mais pessimistas quanto ao futuro financeiro. A Federação Nacional de Empresas Independentes relatou um enfraquecimento do sentimento das pequenas empresas pelo terceiro mês consecutivo.
Na segunda-feira, a pesquisa do Fed de Nova York indicou pessimismo crescente entre consumidores, que esperam aumento do desemprego.
Embora as empresas inicialmente tenham recebido a eleição de Trump com otimismo, agora enfrentam dificuldades. Estão alertando para a desaceleração da demanda por bens, com empresas como a Henkel registrando uma "relutância" em termos de demanda no mercado dos EUA.